sexta-feira, 3 de julho de 2009


Em uma escola muito heterogênea Rio de Janeiro, onde estudam
alunos de várias classes sociais, durante uma aula de português,
a professora pergunta:
- Quem sabe fazer uma frase com a palavra "óbvio"?

Rapidamente, Rodrigo, menino rico, um dos
mais aplicados alunos da classe, respondeu:

- Prezada professora, hoje acordei bem cedo,
depois de uma ótima noite de sono já que tinha visto o
jogo do meu Fluminense naTV de plasma no conforto de meu
quarto. Desci a enorme escadaria de nossa residência e me
dirigi à copa onde era servido o café. Depois de
deliciar-me, fui até a janela que dá vista para o jardim de entrada.

Percebi que se encontrava guardado na garagem
o automóvel BMW do meu pai. Pensei com meus botões:
- É ÓBVIO que meu pai foi ao trabalho
de Audi.

Sem querer ficar para trás, Luiz Cláudio
Wilson, de uma família de classe média,acrescentou:
- Professora, hoje eu não dormi muito
bem,meu Botafogo perdeu para o Americano e saiu do
campeonato, meu colchão é meio duro. Eu consegui
acordar assim mesmo, porque pus o despertador do lado da
cama. Levantei meio zonzo, comi um pão meio muxibento e
tomei café. Quando saí para a escola, vi que o
fusca do papai estava na garagem.
Imaginei:

- É ÓBVIO que o papai não tinha dinheiro
para gasolina, foi trabalhar de busão.

Embalado na conversa, Wandercleison Maicon
Jáqueson, "Framenguista", de classe baixa (é óbvio),
também quis responder:

- Fessora, hoje eu quase não durmi, porquê
teve tiroteio até tarde na favela. Só acordei de manhã
porquê tava morrendo de fome, mas não tinha nada pra cumê
mermo... quando olhei pela janela do barraco, vi a minha
vó com o jornal debaixo do braço e pensei:
- É ÓBVIO que ela vai cagá. Num sabe lê

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